terça-feira, 1 de junho de 2010

Revolução

Não, eu não tenho nenhum problema com o quem-eu-sou. Sei bem isso. Poderia listar alguns, não todos, é claro, dos meus defeitos e até algumas de minhas qualidades. Me observo bastante nos olhos dos outros para ter noção disso. Vejo o impacto de quase tudo que digo (às vezes com um pouco de atraso, admito). O que me causa um certo constrangimento é o por-que-eu-sou.
Parece que certas horas meu pensamento é tão prático e racional, beirando a frieza que é até assustador. E noutras horas tão selvagem e instintivo quanto poderia ser. O fato é que os dois fazem parte de mim, mas nunca juntos.
Não... Espere. Isso não é verdade. Em certas ocasiões os dois se encontram sim! É aquela sensação esquisita de rir e chorar ao mesmo tempo. E ai eu fico confusa. Mas não quero entrar na linha do “eu sei que isso é normal”, seria chato e previsível, e não tem nada a ver com o que quero falar.
Eu gosto de pessoas. Gosto do jeito como falam, agem, e amo principalmente, a linguagem corporal. É interessante ficar só observando. Aprendo sobre mim assim. Talvez seja por isso que surgiu esse pensamento. No caso de eu não ver que as pessoas pensam de maneiras diferentes dependendo da sua personalidade, e pensam de maneira padrão em algumas situações, eu não pensaria tanto sobre meus próprios pensamentos. Não veria os dois lados do que eu sinto. Não seria compreensiva. Não é?
Ou talvez isso seja simplesmente um pedaço da minha personalidade apaziguadora que estava escondido dentro de um lugar qualquer que eu ainda não olhei.
Eu me divirto sendo assim. Isso é quase uma confissão da minha maldade? Seria eu uma grande manipuladora de mim e dos outros? Não! Admito que possa passar essa impressão em alguns momentos. Mas só por que, muitas vezes, eu digo a verdade sem florear e sem rodeios? Ah! Quanta ingenuidade a sua pensar que sua realidade também não é dura feito uma parede de tijolos. Não! Não, por favor! Não faça esse drama! Não digo que a vida é ruim, ela é só real. E isso implica em ser cruel, voraz e totalmente adorável.
Para aqueles que não gostam do desafio de viver a vida real, sem esperar pelo conto de fadas, para aqueles que não vêem as injustiças e as desgraças como forma de ajudar e não com pena... Digo logo: não viva. Se preferir, morra. Fique em casa assistindo The Simpsons ou Lost. Mas não culpe a vida pela sua fraqueza. (Cá está uma prova de minha crueldade? Será?).
Sinto muito se perdi o foco do que estava escrevendo. E também se ficou sem sentindo no final, eu sinto muito... É que as palavras foram simplesmente escorrendo...


P s:. Não aconselho o suicídio, nem menosprezo Lost, muito menos Os Simpsons.

Um comentário:

Iara De Dupont disse...

Oi, tudo bem ? Queria te agradecer o comentário no meu blog. Então quanto ao teu, como eu achei, vou ser sincera. Eu recebo todos os dias emails e comentários e as pessoas me dizem, já conhece tal blog ? Ai eu vou lá para ler, então não lembro quem te indicou, vc pode ver que tem muitos comentários de pessoas agradecendo a visita, porque quando me dizem eu vou lá mesmo . Alguém gostou do teu blog e me disse, e eu vim, e também gostei, o texto é ótimo, adorei esse último e o visual é sóbrio. Mundo de blog é meio estranho mesmo, um vai vendo, outro indica e assim vamos todos.............