sábado, 4 de setembro de 2010

Lá, nunca aqui.

Às vezes, quando eu tenho tempo, gosto de ficar imaginando nós dois. Juntos. Sem palavras. O único som é o de nossa respiração. Da cama, a única lembrança do mundo lá fora é a vista da chuva que bate na janela. Nessas horas tudo faz sentindo, tudo se encaixa, tudo reluz.
Na minha imaginação, a gente não tem hora, o tempo não passa, só a chuva cai. As palavras não precisam ser ditas, elas estão ali, nos seus olhos. E nos meus. Os sentimentos não precisam ser declarados, nem por músicas, nem por versos.
Vejo nossas mãos entrelaçadas. Gosto só de observar. Sinto seu coração, que eu queria tanto que fosse meu, bater. Enquanto isso, a chuva cai, o tempo não passa. Somos só eu e você. Lá, nunca aqui.

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