Tem acontecido com mais freqüência nesses tempos. Às vezes eu sinto uma vontade louca de dizer "eu te amo". Passa por cada célula do meu corpo, vindo sempre dos pés à cabeça. Mas quando chega à boca a voz falha, eu mordo a língua, engulo as palavras. Um segundinho a mais e escapava dos meus lábios.
Na verdade eu me revolto internamente com essa minha covardia. Não há nada que me impeça de dizer... Mas essas palavras me parecem tão forçadas, tão fingidas e ensaiadas. E ainda assim eu sei, por mais que eu odeie admitir, que o sentimento é verdadeiro e que existe sim (!) esse negócio de amar.
É, parece que não consegui sustentar minha idéia original de que em algum ponto a paixão se separa da amizade, que se separa da família. Acabei por descobrir que, na verdade, todas essas formas de bem-querer são o próprio amor disfarçado e escondido de mim por ninguém mais, ninguém menos que eu mesma! Tudo culpa desse medo monumental que eu tenho.
O pior de tudo é que não vejo nenhuma explicação para isso. De onde veio?
Ainda falta descobrir...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Revolução
Não, eu não tenho nenhum problema com o quem-eu-sou. Sei bem isso. Poderia listar alguns, não todos, é claro, dos meus defeitos e até algumas de minhas qualidades. Me observo bastante nos olhos dos outros para ter noção disso. Vejo o impacto de quase tudo que digo (às vezes com um pouco de atraso, admito). O que me causa um certo constrangimento é o por-que-eu-sou.
Parece que certas horas meu pensamento é tão prático e racional, beirando a frieza que é até assustador. E noutras horas tão selvagem e instintivo quanto poderia ser. O fato é que os dois fazem parte de mim, mas nunca juntos.
Não... Espere. Isso não é verdade. Em certas ocasiões os dois se encontram sim! É aquela sensação esquisita de rir e chorar ao mesmo tempo. E ai eu fico confusa. Mas não quero entrar na linha do “eu sei que isso é normal”, seria chato e previsível, e não tem nada a ver com o que quero falar.
Eu gosto de pessoas. Gosto do jeito como falam, agem, e amo principalmente, a linguagem corporal. É interessante ficar só observando. Aprendo sobre mim assim. Talvez seja por isso que surgiu esse pensamento. No caso de eu não ver que as pessoas pensam de maneiras diferentes dependendo da sua personalidade, e pensam de maneira padrão em algumas situações, eu não pensaria tanto sobre meus próprios pensamentos. Não veria os dois lados do que eu sinto. Não seria compreensiva. Não é?
Ou talvez isso seja simplesmente um pedaço da minha personalidade apaziguadora que estava escondido dentro de um lugar qualquer que eu ainda não olhei.
Eu me divirto sendo assim. Isso é quase uma confissão da minha maldade? Seria eu uma grande manipuladora de mim e dos outros? Não! Admito que possa passar essa impressão em alguns momentos. Mas só por que, muitas vezes, eu digo a verdade sem florear e sem rodeios? Ah! Quanta ingenuidade a sua pensar que sua realidade também não é dura feito uma parede de tijolos. Não! Não, por favor! Não faça esse drama! Não digo que a vida é ruim, ela é só real. E isso implica em ser cruel, voraz e totalmente adorável.
Para aqueles que não gostam do desafio de viver a vida real, sem esperar pelo conto de fadas, para aqueles que não vêem as injustiças e as desgraças como forma de ajudar e não com pena... Digo logo: não viva. Se preferir, morra. Fique em casa assistindo The Simpsons ou Lost. Mas não culpe a vida pela sua fraqueza. (Cá está uma prova de minha crueldade? Será?).
Sinto muito se perdi o foco do que estava escrevendo. E também se ficou sem sentindo no final, eu sinto muito... É que as palavras foram simplesmente escorrendo...
P s:. Não aconselho o suicídio, nem menosprezo Lost, muito menos Os Simpsons.
Parece que certas horas meu pensamento é tão prático e racional, beirando a frieza que é até assustador. E noutras horas tão selvagem e instintivo quanto poderia ser. O fato é que os dois fazem parte de mim, mas nunca juntos.
Não... Espere. Isso não é verdade. Em certas ocasiões os dois se encontram sim! É aquela sensação esquisita de rir e chorar ao mesmo tempo. E ai eu fico confusa. Mas não quero entrar na linha do “eu sei que isso é normal”, seria chato e previsível, e não tem nada a ver com o que quero falar.
Eu gosto de pessoas. Gosto do jeito como falam, agem, e amo principalmente, a linguagem corporal. É interessante ficar só observando. Aprendo sobre mim assim. Talvez seja por isso que surgiu esse pensamento. No caso de eu não ver que as pessoas pensam de maneiras diferentes dependendo da sua personalidade, e pensam de maneira padrão em algumas situações, eu não pensaria tanto sobre meus próprios pensamentos. Não veria os dois lados do que eu sinto. Não seria compreensiva. Não é?
Ou talvez isso seja simplesmente um pedaço da minha personalidade apaziguadora que estava escondido dentro de um lugar qualquer que eu ainda não olhei.
Eu me divirto sendo assim. Isso é quase uma confissão da minha maldade? Seria eu uma grande manipuladora de mim e dos outros? Não! Admito que possa passar essa impressão em alguns momentos. Mas só por que, muitas vezes, eu digo a verdade sem florear e sem rodeios? Ah! Quanta ingenuidade a sua pensar que sua realidade também não é dura feito uma parede de tijolos. Não! Não, por favor! Não faça esse drama! Não digo que a vida é ruim, ela é só real. E isso implica em ser cruel, voraz e totalmente adorável.
Para aqueles que não gostam do desafio de viver a vida real, sem esperar pelo conto de fadas, para aqueles que não vêem as injustiças e as desgraças como forma de ajudar e não com pena... Digo logo: não viva. Se preferir, morra. Fique em casa assistindo The Simpsons ou Lost. Mas não culpe a vida pela sua fraqueza. (Cá está uma prova de minha crueldade? Será?).
Sinto muito se perdi o foco do que estava escrevendo. E também se ficou sem sentindo no final, eu sinto muito... É que as palavras foram simplesmente escorrendo...
P s:. Não aconselho o suicídio, nem menosprezo Lost, muito menos Os Simpsons.
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